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Mostrando postagens com o rótulo Paulo Anhaia

“AO VIVO NO LOVE STORY” – 30 Anos no puteiro! (gravado em 2016, lançamento 2017)

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Como eu disse no capítulo anterior, o ano de 2015 estava acabando e a banda junto com ele. Tudo parecia caminhar para um desfecho pouco glorioso de uma longa carreira quando a Ju Kosso veio conversar comigo. A ideia era achar outro empresário e tentar fazer algo grandioso para os 30 anos de banda que se aproximava. Me deu o telefone de um empresário de Jundiaí que trabalhava com alguns artistas grandes. Agradeci, mas não dei muita atenção. A gente estava tão acostumado a ouvir nosso antigo empresário menosprezar o trabalho da banda que não achávamos possível que houvesse interesse. Cansou de dizer que as Velhas era uma banda muito difícil de vender, que o trabalho era indigesto demais, que a gente só existia porque ele conseguia fazer o “impossível” com o que tinha na mão. Estávamos com a autoestima tão em baixa que nem nos perguntávamos “se o negócio era tão ruim porque não largava?” Isso servia também pra algumas pessoas que passaram pela banda, ficaram um tempo grande e depoi...

GARÇONS DO INFERNO (Coletânea) Em 2015 a banda estava morrendo e eu podia sentir os Garçons do Inferno vindo nos buscar

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Os 30 anos das Velhas ia se aproximando e a banda estava em franca decadência. Duro dizer que em 2015 parecia que havíamos chegado ao final do ciclo. Capa do "Garçons do Inferno" - Arte de Weberson Santiago e design Ju Vechi  Acredito que passar mais de 25 anos emendando turnê atrás de turnê, sem nunca tirar férias, sem parar de gravar, enfim sem parar de trabalhar, tenha minado as forças da banda, tolhido nossa criatividade. A gente envelhecia e a força física não era a mesma. Não me entendam mal. Fizemos o que podíamos, porém não tirar férias, não ficar um pouco longe um do outro tinha desgastado nossas relações como banda e amigos. Sem grana e sem a amizade de antes seria impossível continuar. Sempre achei que, ao chegar aos 30 anos de carreira, a gente teria prestígio e grana pra fazer um puta álbum novo e renovado, alguma coisa muito foda, louca e artística. A verdade é que chegávamos nesse ponto da carreira e não havia grana ou prestígio pra fazer merda ...

TODOS OS DIAS A CERVEJA SALVA MINHA VIDA (2014) – "O que seria do rock", "Pau no meu cu" e outras histórias.

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Em 2013 resolvemos fazer um financiamento coletivo para fazer um disco novo. O resultado foi demais. Quase 1000 pessoas participaram, mais de 150 mandaram vozes para o coro de “Todos os dias a cerveja salva minha vida” que Paulo Anhaia teve um trabalhão para mixar e ainda teve 11 loucos que vieram cantar uma versão inédita de “Abre essas pernas” com a gente em estúdio durante as gravações. Foi um momento ímpar para as Velhas. Design do encarte de Ju Vechi e ilustrado por Weberson Santiago O problema foi depois ter que enviar todas as recompensas, que incluíam 40 calcinhas da Juliana Kosso que ela usou durante a turnê e a cada show ela autografava e guardava, mais de 800 cds que forma enviados sendo que 10% disso voltava e eu tinha que procurar o fã que havia se mudado. Demorou mais de 3 meses, mas todos receberam suas recompensas. Um trabalho tão intenso que prometi a mim mesmo nunca mais fazer outra coisa do tipo. Um lance legal que a gente não conseguiu dar ...

CARNAVELHAS 3 – BEBADORISO (2012) – Andreas Kisser, Pepeu, Frejat, Nuno Mindelis, Clemente e Luiz Carlini são convidados pra tocar e... Aceitam!!!

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O Carnavelhas 3 (Bebadoriso) foi lançado em 2012 e, apesar das participações geniais de guitarristas como Andreas Kisser, Nuno Mindelis, Pepeu Gomes, Frejat, Luiz Carlini e Clemente Nascimento, foi recebido muito friamente pela crítica que havia gostado muito do carnavelhas anterior. Creio que o novo disco já não era uma novidade. Tem ótimas músicas e é um trabalho excelente homenageando os muitos humoristas brasileiros e seus personagens, porém pareceu mais do mesmo. Ilustração de Weberson Santiago e Design de Ju Vechi No disco de carnaval anterior a gente havia chamado cantores pra participar. Nesse chamamos vários guitarristas. A galera do rock adora esses projetos fora da curva e fizeram ótimas linhas de guitarras e solos carismáticos, cada qual mostrando bem seu estilo. Foi um álbum bem tranquilo de gravar, com muitas parcerias entre o Paulão e pudemos trabalhar diversos ritmos que a gente curte, mas que não gravamos nos discos de linha das Velhas Virgens. Sambas, marc...

ROCK’N BEER TOUR – 25 ANOS (2011) – Entre gim no pingado, bundas boas e bafo de jiboia, Acústico e Elétrico sem tirar de dentro!

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A gente já tinha registro de DVD em São Paulo, interior do Paraná (Ponta Grossa) e Salvador. Onde fazer o DVD que comemoraria os 25 anos de banda? Resolvemos marcar o show no Opinião, em Porto Alegre, dia nove de junho de 2011. DVD 25 anos! Juntamos a grana para fazer as gravações. A produção de vídeo que ficou a cargo do Thiago Montelli e a produção musical com nosso indefectível Paulo Anhaia, todo o desibn e figurino ficaram por conta da Ju Vechi contando com as ilustrações de Weberson Santiago. Usamos todo o conceito dos rótulos das nossas cervejas. Ilustrações de Weberson Santiago e Design/logo de Ju Vechi A grande baixa no dia da gravação foi o Paulo Anhaia. Uma semana terrível para ele com a morte do pai, Seu Carlos Anhaia, muito sentida por todos nós. Infelizmente não dava pra cancelar e tocamos em frente. Apesar de alguns problemas, foi uma noite memorável! O show era dividido em duas partes. A primeira acústica, a introdução era “O Que Somos Nós”,  ...

CARNAVELHAS 2 (2010) - Um "chopes" e Dois "pastel", uma homenagem a São Paulo e Adoniran.

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Encarte do CD, design da Ju Vechi e ilustração de Ale Montandon. Chegou a vez de um disco polêmico entre os fãs, porém foi nosso maior sucesso de crítica. “Carnavelhas 2 – Do Love Story até a Av São João” é uma continuação natural do nosso trabalho carnavalesco, a diferença é que esse teve uma produção e seleção de repertório esmerada. A ideia era fazer um disco em homenagem a São Paulo, cidade onde nascemos e com inspiração descarada em Adoniran Barbosa. Acredito que atingimos os objetivos. Considero esse disco, junto como “Ninguém Beija Como as Lésbicas”, nossos melhores trabalhos no conjunto. Um disco pra ouvir inteiro, que conta nossa trajetória misturada com a história da cidade. Tentamos colocar tudo e todos os lugares importantes pra gente nessas músicas e, Paulão e eu, ralamos muito para fazer melodias boas, coroadas com arranjos inspirados do Paulo Anhaia. Sambas, marchas, rocks misturados, bossa, gafieira, enfim um caldeirão de ritmos que a gente queria trabalhar fazia t...

“NINGUÉM BEIJA COMO AS LÉSBICAS” (2009) - "A BOCA, A BUCETA E A BUNDA" E OUTRAS TRETAS

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Pôster da Turnê. Design e logo de Ju Vechi, ilustração de Weberson Santiago. Chegou um momento de falar das gravações do meu disco predileto das Velhas Virgens: “Ninguém Beija Como As Lésbicas”. Costumo dizer que meu trabalho preferido é sempre o próximo, mas olhando em perspectiva esse é o que mais me deixou satisfeito e o que deu mais briga e dificuldades. Felicidade nunca fez boa poesia, e esse disco foi trabalhoso, tempestuoso e por algum tempo gerou infelicidade pra todos que participaram. Paulão e eu chegamos a ficar sem nos falar, um clima horroroso nos ensaios. Cada um querendo uma coisa diferente, músicas diferentes, ideias diferentes. Não estávamos falando a mesma língua. Ilustra de Weberson Santiago Como sempre chegamos com umas 40 músicas pra toda a banda dar suas opiniões. A ideia era fechar em umas 20, começar a ensaiar, afinando o repertório até chegar numas 12 ou 13 canções que iriam ser gravadas. Até aqui tudo bem. Era uma coleção interessante de músicas que,...

CUBANAJARRA (2005) - "QUERO TE VER GOZAR PELO CU" CAUSA POLÊMICA, DISCÓRDIA E QUASE O FIM DA BANDA

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CUBANAJARRA - 2005 - Paulo Anhaia volta pra produção e Lili entra como vocalista Vou contar uma história curta que desvenda o misterioso nome do disco: Paulão e eu fomos num show do “Made” em um bar no Ibirapuera, zona sul de São Paulo. Começamos a beber e o barman, cansado de fazer tanta cuba, pegou a jarra do liquidificador encheu de rum com coca-cola, gelo e limão e deu pra gente. Tomamos a jarra, demos pra galera quando fomos fazer uma participação no show. Enfim, a cagada toda. Cheguei em casa mal, vomitei, quase morri e jurava pra minha mulher que só tinha tomado um drink. Ela ficou preocupada, achou que eu tinha sido envenenado, queria me levar pro hospital. Eu não estava mentindo, foi um drink, só não falei que era uma jarra de cuba. Daí nasceu o nome do navio pirata. Era uma época que a pirataria estava tomando conta da indústria e, como a gente vivia muito à margem dela, resolvemos embarcar nesse navio e piratear também! Paulão de capitão pirata do Cubanajarra ...

VOCÊS NÃO SABEM COMO É BOM AQUI DENTRO!! (1997) – Gravando "Abre Essas pernas" e outras sacanagens.

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Para falar desse disco eu preciso voltar um dia antes de entrarmos em estúdio, quando fizemos um show junto com Raimundos em Guarulhos em homenagem aos Mamonas que tinham acabado de sofrer o acidente fatal. Resumindo, o Paulão tomou todas e entrou muito louco, derrubou o amplificador dos Raimundos, não conseguiu fazer o show e ainda caiu de um palco alto duas vezes. A plateia adorou, mas a 89 FM que estava fazendo o evento não gostou nada daquilo. A gente já tinha criado o maior caso por conta da outra gravadora que deu calotes mil e com mais essa, nossa música “Só pra te comer” que estava na rádio foi cancelada. No outro dia tive que ir buscar o Paulão no apartamento dele. Não conseguia nem colocar a cueca de tão dolorido que estava. No dia anterior, movido a álcool, Paulão não sentiu os danos das quedas do palco, só que no outro dia ele estava cheio de hematomas. Com corpo tão dolorido que não dava pra se mexer. 1997 - Cavalo, Edu e Caio. No meio a Cláudia Lino e no outro lado...

FOI BOM PRA VOCÊ? (1995) – Uma breve história por trás do primeiro disco.

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Em 1994 a Banda das Velhas Virgens (sim, esse era o nome completo), era formada por Paulão de Carvalho, Alexandre Cavalo Dias, Lips Like Sugar e Caio Andrade. Ensaiamos um bocado na casa do Lips, onde montamos um estúdio improvisado, em Guarulhos, na grande São Paulo. Juntamos a grana pra pagar o estúdio e o produtor. O Caio não participou do rateio. Ele era o mais novo e ainda não tinha condições de nos ajudar. A ideia era ir abatendo esses valores de acordo com os shows. Isso aconteceu parcialmente, o Paulão ainda deve ter as contas do quanto a banda ficou devendo pra cada um. A escolha do produtor recaiu sobre um novato. Paulo Anhaia só tinha feito uma demo legal para o Party Up (que depois viria a se chamar Toy Shop). Ele era um cara interessante, confiável e com ótimo ouvido, apesar da pouca experiência. E o melhor de tudo, era o que a gente poderia pagar. Fechamos o pacote com ele e o estúdio 43 na Zona Norte e fomos gravar. A música que a gente fazia e ainda faz,...

SOBREVIVENDO NA INDEPENDÊNCIA - CORRENDO 8 KM PARA ENSAIAR COM AS VELHAS

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Ensaios para o 1º Disco - 1994 Ilustração anterior ao 1º CD de Alexandre Montando Em 1994 começamos a ensaiar para gravar o primeiro CD. Resolvemos juntar a grana, Paulão, Lips e eu, para pagar estúdio e o nosso produtor: O estreante Paulo Anhaia. O Caio não tinha como colaborar. Era o mais novo, com maiores dificuldades financeiras. Aliás, dificuldades financeiras é uma característica dessa banda. Lembro até hoje que o Paulão tinha (em se tratando do Paulão pode ser que tenha ainda) uma agenda onde ele anotava as dívidas que a banda contraiu com cada um e sei que uma parte desse primeiro disco não foi paga até hoje! Pra ter uma ideia das complicações daqueles tempos vou contar como eram os ensaios. O Lips morava numa casa em Guarulhos com uma edícula nos fundos e no alto. Um lugar pequeno, mas que cabia a banda e não atrapalhava ninguém. A gente podia deixar o equipamento todo montado. Eram amplificadores ruins, uma mesa de seis canais horrorosa e microfones péssimos. Enf...

SOBREVIVENDO NA INDEPENDÊNCIA - Anos 90 – Perdemos um Guitarrista e uma Bailarina ao mesmo tempo

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Formação 1990 - Lips, Paulão, Cavalo e Fabiano - Foto de Marcia Lima Essa formação durou por três anos. Foi de 1990 até final de 1993 ou começo de 1994, se não me falha a memória. Esse período foi marcado por muitas novidades dentro da banda. Entre elas a definição do estilo e da temática que iríamos abordar dali pra frente. Nosso atributo principal era a diversão. Devíamos pensar em letras informais, espontâneas e debochadas. O Paulão era e é o principal compositor das Velhas e começamos a tirar músicas que faziam parte do antigo repertório para colocar outras mais condizentes com o que a gente queria. O jeito de tocar seguia essa mesma fórmula. Depois de tantos bateristas e com o Lips, que não era lá muito técnico, acabamos arranjando as músicas de uma forma bem simples para que ele pudesse tocar e, se desse errado com o Lips, qualquer batera que entrasse, com o mínimo de ensaio poderia sair tocando o repertório. Isso aí, letras divertidas e som bem simples e reto. Foi as...