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SOBREVIVENDO NA INDEPENDÊNCIA - MAIS DE 30 ANOS DE BANDA E AINDA ESTAMOS TOMANDO MAIS CERVEJA QUE REMÉDIO. ENTÃO FLUTUA!

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MAIS DE 30 ANOS DE BANDA E AINDA ESTAMOS TOMANDO MAIS CERVEJA QUE REMÉDIO. ENTÃO FLUTUA!                                 A atual música mais tocada na Van das Velhas Virgens é “ Flutua ”. Um Blues de Johnny Hooker (part. Liniker). E você me pergunta o que essa informação tem de relevante?                 Pra vocês Velhas Virgens podem não ter nada a ver com uma música que fala abertamente de homossexualismo, mas pra nós é o indicativo do ótimo momento de quem de liberdade que a música atravessa mesmo com todo o patrulhamento ideológico e artístico que vivemos. Isso se reflete diretamente no nosso trabalho que versa sobre liberdade. É uma música de quem está feliz, de quem é livre e é um blues!           ...

SOBREVIVENDO NA INDEPENDÊNCIA - Siririca Baby no Paraguai e todo mundo no pelotão de fuzilamento

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Fomos convidados para fazer o Quilmes Fest. Um grande festival que ia acontecer em Assuncion no Paraguai. Tudo certo. Hotel bacana, entrevistas, tratamento vip, passeio pela capital do Paraguai, bandas locais muito interessantes, outras legais do Chile (Los Tetas), do Uruguai. Enfim, um festival para 30 mil pessoas. Descobrimos que uma banda ganhava disco de ouro por lá com uma venda de mil CDs, no Chile eram dez mil e nós com cem mil. Coisas da nossa América latina. Vamos ao que interessa. Nosso show estava indo muito bem. Rock’n’roll em português, eles não compreendia direito a língua, mas a linguagem musical era mais que conhecida para se fazer entender. Fomos bem até o meio do show. Quando começamos Siririca Baby  e o Paulão fez a toda a encenação de masturbação e outras coisas mais despudoradas houve um momento de tensão. Depois desse breve intervalo, que não durou muito, ganhamos o maior coro de “Putos! Putos! Putos!” que uma banda já recebeu na face da terra, no uni...

SOBREVIVENDO NA INDEPENDÊNCIA - Entre putas, hot-dogs e a morte

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Essa era a banda em 1999 quando gravamos "Estar Só" para o disco "Sr Sucesso" Tinha um bar ao lado do posto de gasolina que ficava na esquina da Rua Augusta com a Caio Prado que a gente chamava, carinhosamente, de “Bar das Putas”. No posto tinha um dogão onde, Gabriel Bastos e eu, devorávamos os lanches quase toda madrugada, na vã esperança de recobrar as forças e continuar noite à dentro. Depois da balada inicial que acabava por volta das duas a gente partia pro dogão e tomar algumas no “Bar das Putas” e depois cair para os recantos mais sórdidos da cidade atrás de desventuras, bebidas, sexo fácil e outras drogas legais e ilegais. Gabriel era meu melhor amigo. Não deixamos de ser amigos, ele morreu muito cedo. Nessa época éramos unha e carne. Ele jornalista e eu músico. Vida boêmia. Diariamente na noite. Quando se é jovem acha que nada pode acontecer, uma sensação de imortalidade e ao mesmo tempo de urgência. A gente queria estar em todos os lugares ao mes...

SOBREVIVENDO NA INDEPENDÊNCIA - B.U.C.E.T.A. , uma música que é uma novela

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Há muito tempo atrás, numa galáxia muito distante, começo dos anos 90 do século passado, Paulão apareceu com essa música. Antes de contar o que aconteceu naquele dia e suas consequências, quero explicar algumas coisas a respeito das palavras. A palavra “buceta” não existe. Uma vulgarização da palavra correta que é “boceta”, que tem um monte de significados e vem do latim vulgar “buxis” que quer dizer caixinha. Boceta pode ser uma caixinha oval ou perfumada. Pode ser caixa de rapé. Pode ser um aparelho de pesca. E no Brasil também é o nome vulgar da vulva. Boceteira é a vendedora ambulante de miudezas e rendas. Mas a que eu mais gosto é “Boceta de Pandora”. Uma interpretação um tanto livre, sugere uma caixa que contem a curiosidade, mas que é melhor mantê-la fechada. Pandora “a que possui todos os dons” foi a primeira mulher criada por Zeus. A mitologia tem muito a nos ensinar. Não vou contar a história toda, você pode ler se quiser, tem em qualquer lugar. Mito de Pan...

SOBREVIVENDO NA INDEPENDÊNCIA - Filhos e o rock’n’roll

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Lemmy do Motorhead falava que, se você quer ter uma banda de rock, o melhor é não ter família. Ele tinha muitas razões pra dizer isso. Família faz você querer ficar mais em casa enquanto a banda de rock precisa que você viaje bastante. Família traz responsabilidades que não condizem com as responsabilidades com a banda. Família deixa você sensível demais. Entre outras muitas razões. No final das contas a gente acaba casando e fazendo uma família, indo contra as regras do Lemmy. E essa família tende a crescer. Uma hora os filhos chegam. O meu filho vai fazer 10 anos em agosto de 2017 (escrevo esse texto perto do aniversário dele). O cara me dá muitas alegrias e me faz pensar e repensar a vida. Me tira completamente da zona de conforto. Me faz correr atrás de um monte de coisas. Se eu estaria mais tranquilo sem ele? Óbvio que sim. Se minha vida seria mais fácil sem ele? Claro que sim. Filho demanda tempo, disposição, participação, amor, dedicação, companheirismo, educação e ta...