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Mostrando postagens com o rótulo Caio Andrade

TODOS OS DIAS A CERVEJA SALVA MINHA VIDA (2014) – "O que seria do rock", "Pau no meu cu" e outras histórias.

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Em 2013 resolvemos fazer um financiamento coletivo para fazer um disco novo. O resultado foi demais. Quase 1000 pessoas participaram, mais de 150 mandaram vozes para o coro de “Todos os dias a cerveja salva minha vida” que Paulo Anhaia teve um trabalhão para mixar e ainda teve 11 loucos que vieram cantar uma versão inédita de “Abre essas pernas” com a gente em estúdio durante as gravações. Foi um momento ímpar para as Velhas. Design do encarte de Ju Vechi e ilustrado por Weberson Santiago O problema foi depois ter que enviar todas as recompensas, que incluíam 40 calcinhas da Juliana Kosso que ela usou durante a turnê e a cada show ela autografava e guardava, mais de 800 cds que forma enviados sendo que 10% disso voltava e eu tinha que procurar o fã que havia se mudado. Demorou mais de 3 meses, mas todos receberam suas recompensas. Um trabalho tão intenso que prometi a mim mesmo nunca mais fazer outra coisa do tipo. Um lance legal que a gente não conseguiu dar ...

CUBANAJARRA (2005) - "QUERO TE VER GOZAR PELO CU" CAUSA POLÊMICA, DISCÓRDIA E QUASE O FIM DA BANDA

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CUBANAJARRA - 2005 - Paulo Anhaia volta pra produção e Lili entra como vocalista Vou contar uma história curta que desvenda o misterioso nome do disco: Paulão e eu fomos num show do “Made” em um bar no Ibirapuera, zona sul de São Paulo. Começamos a beber e o barman, cansado de fazer tanta cuba, pegou a jarra do liquidificador encheu de rum com coca-cola, gelo e limão e deu pra gente. Tomamos a jarra, demos pra galera quando fomos fazer uma participação no show. Enfim, a cagada toda. Cheguei em casa mal, vomitei, quase morri e jurava pra minha mulher que só tinha tomado um drink. Ela ficou preocupada, achou que eu tinha sido envenenado, queria me levar pro hospital. Eu não estava mentindo, foi um drink, só não falei que era uma jarra de cuba. Daí nasceu o nome do navio pirata. Era uma época que a pirataria estava tomando conta da indústria e, como a gente vivia muito à margem dela, resolvemos embarcar nesse navio e piratear também! Paulão de capitão pirata do Cubanajarra ...

CARNAVELHAS (2004) – AME OU ODEIE, MAS DEIXA A GENTE EM PAZ COM NOSSO CARNAVAL!

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CARNAVELHAS - LANÇADO EM 2004 Esse é um projeto longamente acalentado por mim e pelo Paulão, controverso em relação aos fãs: há quem goste e entende a proposta e há quem ache uma grande merda. Ainda estamos numa democracia e cada um pode achar o que quiser, aliás a liberdade de opinião e expressão sempre fizeram parte do nosso discurso. O fã tem a liberdade pra achar o que quiser, e nós nos damos a liberdade de discordar. A verdade é que adoramos o carnaval. Um momento de libertação, de festa popular, loucura, bebidas, gente com pouca roupa, enfim, é a nossa opinião e não precisa ser a de mais ninguém. Dito isso vamos ao que interessa. O Paulão compôs a primeira marchinha em meados dos anos 90, inspirado pela versão marcha de carnaval de Mary Lou do Ultraje. A música era “Marcha do Tira Roupa”, que está no show de carnaval até hoje.   Eu podia dar vários motivos para uma banda de rock se meter no carnaval, mas vou direto ao ponto: Banda de rock não trabalha janeiro e fever...

COM A CABEÇA NO LUGAR (2003) - ERA TANTA BEBIDA QUE A GENTE NÃO LEMBRAVA ONDE TINHA DEIXADO A PORRA DA CABEÇA!

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No começo de 2003, depois de uma pré-produção longa, começamos a gravar o que seria nosso quarto disco de estúdio e o segundo totalmente produzido pela nossa gravadora Gabaju Records. Fizemos uma pré na casa do Lips, nosso baterista na época, em Guarulhos sem a presença do Paulão. Foi uma decisão de todo mundo. Paulão detesta ensaiar então ele e eu passamos todas as músicas com a banda, escolhemos o repertório e acertamos o que queríamos de cada música. Os arranjos finais foram feitos sem a presença do vocalista. Entre o final da pré e o começo das gravações aconteceu um fato triste. Cláudia Lino e Lips tiveram uma briga muito feia que nos levou a tirar nossa vocalista da banda. Devo dizer que me arrependo profundamente dessa decisão. Devia ter me esforçado mais para contornar a situação e o que se seguiu depois aumentou ainda mais esse peso. A substituta na época era a Roberta que ficou por pouco mais de um ano na banda e também saiu. Suas gravações no disco são sofríveis. Eu ...

REVELLION 2001 – Que porra é um CD-ROM?

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Uma pergunta pertinente. Afinal que porra é um CD-Rom? É bem simples, o CD Rom é uma mídia interativa que não chaga a ser um DVD, porém que roda nos computadores que ainda têm um leitor da CD. No começo de 2001 nós resolvemos lançar essa ideia “genial”. Não lembro de outra banda ter feito um produto igual. Puder, a gente devia esta bem bêbados quando resolvemos fazer essa coisa estranhosa. Nosso quarto CD, na verdade é um CD-Rom. Tinha de tudo. Um catálogo de fotos, músicas cifradas dos três primeiros discos, todos nossos clips, um jogo de strip-tease onde uma garota tira a roupa de acordo com que você vai acertando as perguntas e uma surpresa final, tudo isso em uma animação feita sobre desenhos do Ale Araújo. Isso tudo com comentários engraçados ou sem sentido nenhum dos membros da banda. Juro, eu vi o CD-Rom antes de escrever, tinha esquecido o que era! Pra finalizar gravamos 9 músicas de carnaval, quase todas virariam clássicas no nosso show carnavalesco. Tinha, ent...

SR SUCESSO (1999) - O primeiro lançamento da nossa própria gravadora

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Em 1998 a gente entrou em estúdio pra começar a gravar um novo trabalho. Olhando para trás fico impressionado com a capacidade de produção que a gente tinha na época. Mal acabava um tour e já tinha outro disco pronto. Capa e personagens feita pelo Ale Montandon, logo da banda de André Dias. O grande lace desse disco foi a pré-produção inteira feita num sítio do pai do nosso baterista Lips, que ficava perto de Riacho Grande, interior de São Paulo. A gente passou um tempo compondo algumas coisas, arranjando outras e, principalmente, tocando juntos. Foi uma época boa. A gente tocava o dia todo e depois saia pra beber. Tinha um barco, numa represa perto do sítio que também era um bar. Apelidamos o lugar de Porky’s em homenagem ao filme de 1982. Quando chegamos com as músicas prontas pra dar uma passada em tudo no estúdio do Fabinho Haddad, no Tatuapé, descobrimos que não tínhamos mais baixista. O Edu Lucena simplesmente saiu da banda e só avisou anos mais tarde, mas essa é outr...

FOI BOM PRA VOCÊ? (1995) – Uma breve história por trás do primeiro disco.

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Em 1994 a Banda das Velhas Virgens (sim, esse era o nome completo), era formada por Paulão de Carvalho, Alexandre Cavalo Dias, Lips Like Sugar e Caio Andrade. Ensaiamos um bocado na casa do Lips, onde montamos um estúdio improvisado, em Guarulhos, na grande São Paulo. Juntamos a grana pra pagar o estúdio e o produtor. O Caio não participou do rateio. Ele era o mais novo e ainda não tinha condições de nos ajudar. A ideia era ir abatendo esses valores de acordo com os shows. Isso aconteceu parcialmente, o Paulão ainda deve ter as contas do quanto a banda ficou devendo pra cada um. A escolha do produtor recaiu sobre um novato. Paulo Anhaia só tinha feito uma demo legal para o Party Up (que depois viria a se chamar Toy Shop). Ele era um cara interessante, confiável e com ótimo ouvido, apesar da pouca experiência. E o melhor de tudo, era o que a gente poderia pagar. Fechamos o pacote com ele e o estúdio 43 na Zona Norte e fomos gravar. A música que a gente fazia e ainda faz,...

SOBREVIVENDO NA INDEPENDÊNCIA - CORRENDO 8 KM PARA ENSAIAR COM AS VELHAS

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Ensaios para o 1º Disco - 1994 Ilustração anterior ao 1º CD de Alexandre Montando Em 1994 começamos a ensaiar para gravar o primeiro CD. Resolvemos juntar a grana, Paulão, Lips e eu, para pagar estúdio e o nosso produtor: O estreante Paulo Anhaia. O Caio não tinha como colaborar. Era o mais novo, com maiores dificuldades financeiras. Aliás, dificuldades financeiras é uma característica dessa banda. Lembro até hoje que o Paulão tinha (em se tratando do Paulão pode ser que tenha ainda) uma agenda onde ele anotava as dívidas que a banda contraiu com cada um e sei que uma parte desse primeiro disco não foi paga até hoje! Pra ter uma ideia das complicações daqueles tempos vou contar como eram os ensaios. O Lips morava numa casa em Guarulhos com uma edícula nos fundos e no alto. Um lugar pequeno, mas que cabia a banda e não atrapalhava ninguém. A gente podia deixar o equipamento todo montado. Eram amplificadores ruins, uma mesa de seis canais horrorosa e microfones péssimos. Enf...

SOBREVIVENDO NA INDEPENDÊNCIA - ANOS 90 - UM GUITARRISTA MENOR DE IDADE

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Caio Andrade nos anos 90 Com a saída do Fabiano Pimenta a banda tinha um novo tipo de problema pra resolver. Não era um baterista que a gente precisava, agora era um guitarrista. Não deu tempo de achar ninguém, os shows continuavam e a gente não queria perder nada. Pintou um show no Victoria Pub, no bairro dos jardins em São Paulo. As bandas de trabalho próprio tocavam no porão da casa, na parte de cima tocavam bandas de covers mais clássicas. Assim as bandas tinham que levar seu público. Lembro de ter assistido naquele mesmo porão uma banda estreando em São Paulo que gostei muito chamada Paralamas do Sucesso. Naquele show das Velhas, quem tocou foi um xará do nosso antigo guitarrista, esse de nome Fabiano Jimenez (o Fabá como era conhecido), que na época tocava com os Anjos dos Becos e hoje é um produtor e músico conceituado. Na plateia do show do Victoria estava Caio Andrade, que viria a ser nosso guitarrista durante muitos anos, mas a gente ainda não sabia. Ele foi com o pai...