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Mostrando postagens com o rótulo Velhas Virgens

"O BAR ME CHAMA" (2020) - Uma pandemia entre as Velhas e o bar!

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Ilustração e Design de Ju Vecchi Ouça disco completo      Chegou a hora de fechar as histórias das Velhas, contadas através dos discos. Uma longa jornada de mais de 30 anos. Começando nos anos 80 e só dando uma pausa nessa pandemia.      Nesse intervalo lançamos duas coletâneas, uma com o melhor do Carnavelhas, " Do Jeito Que O Diabo Gosta ", somente no digital e outra com as nossas baladas e blues mais chorosos, " Correndo Pra Encontrar O Meu Amor ", em digital e físico. Ilustra de Weberson Santiago e Design de Ju Vechi      Em meados de 2019, a turnê dos 30 anos estava chegando ao fim e iniciamos as gravações do um disco novo.       Fazia muito tempo que não entravamos em estúdio pra fazer um álbum completo, apenas nos reunimos para regravações de duas músicas para nosso bloco de carnaval: “ Tromba do Elefante ” e “ Moreninha Linda ”.  Ilustração e Design de Ju Vechi Foto de Rafa Rezende e Design de Ju Vechi...

GARÇONS DO INFERNO (Coletânea) Em 2015 a banda estava morrendo e eu podia sentir os Garçons do Inferno vindo nos buscar

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Os 30 anos das Velhas ia se aproximando e a banda estava em franca decadência. Duro dizer que em 2015 parecia que havíamos chegado ao final do ciclo. Capa do "Garçons do Inferno" - Arte de Weberson Santiago e design Ju Vechi  Acredito que passar mais de 25 anos emendando turnê atrás de turnê, sem nunca tirar férias, sem parar de gravar, enfim sem parar de trabalhar, tenha minado as forças da banda, tolhido nossa criatividade. A gente envelhecia e a força física não era a mesma. Não me entendam mal. Fizemos o que podíamos, porém não tirar férias, não ficar um pouco longe um do outro tinha desgastado nossas relações como banda e amigos. Sem grana e sem a amizade de antes seria impossível continuar. Sempre achei que, ao chegar aos 30 anos de carreira, a gente teria prestígio e grana pra fazer um puta álbum novo e renovado, alguma coisa muito foda, louca e artística. A verdade é que chegávamos nesse ponto da carreira e não havia grana ou prestígio pra fazer merda ...

ROCK’N BEER TOUR – 25 ANOS (2011) – Entre gim no pingado, bundas boas e bafo de jiboia, Acústico e Elétrico sem tirar de dentro!

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A gente já tinha registro de DVD em São Paulo, interior do Paraná (Ponta Grossa) e Salvador. Onde fazer o DVD que comemoraria os 25 anos de banda? Resolvemos marcar o show no Opinião, em Porto Alegre, dia nove de junho de 2011. DVD 25 anos! Juntamos a grana para fazer as gravações. A produção de vídeo que ficou a cargo do Thiago Montelli e a produção musical com nosso indefectível Paulo Anhaia, todo o desibn e figurino ficaram por conta da Ju Vechi contando com as ilustrações de Weberson Santiago. Usamos todo o conceito dos rótulos das nossas cervejas. Ilustrações de Weberson Santiago e Design/logo de Ju Vechi A grande baixa no dia da gravação foi o Paulo Anhaia. Uma semana terrível para ele com a morte do pai, Seu Carlos Anhaia, muito sentida por todos nós. Infelizmente não dava pra cancelar e tocamos em frente. Apesar de alguns problemas, foi uma noite memorável! O show era dividido em duas partes. A primeira acústica, a introdução era “O Que Somos Nós”,  ...

NÓS SOMOS AS VELHAS VIRGENS - 21 ANOS (2007) - EMBRIAGAI-VOS, SUPERPRODUÇÃO E UM FILHO NASCENDO

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“Embriagai-vos ! Deveis andar sempre embriagados...” – Assim começava o show que virou o DVD e CD “Nós somos as Velhas Virgens – 21 anos”. Um poema de Baudelaire no telão com uma animação do barco Cubanajarra. Pros nossos padrões aquilo era uma superprodução. E depois seguia por quase três horas ininterruptas de rock’n’roll, banho de cerveja, figurinos excêntricos, fogos e outras loucuras. Chegamos a fazer 200 shows nesse período. Uma média incrível de 8,3 shows por mês. Para uma banda independente essa era uma vitória e tanto. Mas para mim foi uma semana em que minhas emoções foram postas à prova. Uma montanha-russa de sentimentos contraditórios tomou conta da minha cabeça. Meados de agosto de 2007.   As Velhas Virgens completariam 21 anos em outubro e como a gente não tinha comemorado os 20 anos da banda com um produto novo devido à total falta de grana na época, o jeito era fazer um DVD e CD que contariam a história da nossa maioridade penal. A gente tinha uns ótimos p...

PIRATARIA AUTORIZADA (2006) - COMO A PIRATARIA NOS SALVOU DA FALÊNCIA

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DVD - DO ARCO DAS VELHAS - 2006 Em 2006, as Velhas estavam completando 20 anos de estrada e eu estava no auge... no auge do desespero. Não parava de me perguntar: “20 anos de banda e não tenho grana pra fazer um DVD, como fui foder tudo desse jeito?”. Os acordos ruins e outras decisões duvidosas tinham colocado a Gabaju Records numa situação precária. Não só a gravadora sofria, eu sofria e a banda colhia os frutos amargos. Não havia tempo pra ficar deprimido. A gravadora estava indo mal, as relações dentro da banda estavam estranhas, precisava pensar e tomar algumas atitudes imediatas pra me tirar e tirar a banda daquele buraco. Nós precisavamos de caixa e novos produtos. Não tive duvida nem vergonha em apelar. Montei um DVD comemorativo com todas as coisas que eu tinha na mão, desde clips e making offs até trechos de shows que não foram lançados. Lembrando que isso tudo é antes do Youtube ser o que é hoje. O DVD, que era uma concha de retalhos, chamou-se “DO ARCO DAS VELHAS ...

CUBANAJARRA (2005) - "QUERO TE VER GOZAR PELO CU" CAUSA POLÊMICA, DISCÓRDIA E QUASE O FIM DA BANDA

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CUBANAJARRA - 2005 - Paulo Anhaia volta pra produção e Lili entra como vocalista Vou contar uma história curta que desvenda o misterioso nome do disco: Paulão e eu fomos num show do “Made” em um bar no Ibirapuera, zona sul de São Paulo. Começamos a beber e o barman, cansado de fazer tanta cuba, pegou a jarra do liquidificador encheu de rum com coca-cola, gelo e limão e deu pra gente. Tomamos a jarra, demos pra galera quando fomos fazer uma participação no show. Enfim, a cagada toda. Cheguei em casa mal, vomitei, quase morri e jurava pra minha mulher que só tinha tomado um drink. Ela ficou preocupada, achou que eu tinha sido envenenado, queria me levar pro hospital. Eu não estava mentindo, foi um drink, só não falei que era uma jarra de cuba. Daí nasceu o nome do navio pirata. Era uma época que a pirataria estava tomando conta da indústria e, como a gente vivia muito à margem dela, resolvemos embarcar nesse navio e piratear também! Paulão de capitão pirata do Cubanajarra ...

COM A CABEÇA NO LUGAR (2003) - ERA TANTA BEBIDA QUE A GENTE NÃO LEMBRAVA ONDE TINHA DEIXADO A PORRA DA CABEÇA!

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No começo de 2003, depois de uma pré-produção longa, começamos a gravar o que seria nosso quarto disco de estúdio e o segundo totalmente produzido pela nossa gravadora Gabaju Records. Fizemos uma pré na casa do Lips, nosso baterista na época, em Guarulhos sem a presença do Paulão. Foi uma decisão de todo mundo. Paulão detesta ensaiar então ele e eu passamos todas as músicas com a banda, escolhemos o repertório e acertamos o que queríamos de cada música. Os arranjos finais foram feitos sem a presença do vocalista. Entre o final da pré e o começo das gravações aconteceu um fato triste. Cláudia Lino e Lips tiveram uma briga muito feia que nos levou a tirar nossa vocalista da banda. Devo dizer que me arrependo profundamente dessa decisão. Devia ter me esforçado mais para contornar a situação e o que se seguiu depois aumentou ainda mais esse peso. A substituta na época era a Roberta que ficou por pouco mais de um ano na banda e também saiu. Suas gravações no disco são sofríveis. Eu ...

ABRE ESSAS PERNAS AO VIVO E A CORES (2001) – O primeiro dia foi sóbrio e o segundo foi embriagado. Adivinha qual valeu?

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Era começo de 2001 quando iniciei o trabalho dos infernos que foi a produção dos dois shows que seriam gravados em áudio e vídeo para o CD “Abre essas pernas ao vivo” e para o DVD “abre essas pernas ao vivo e a cores”. DVD "ABRE ESSAS PERNAS AO VIVO E A CORES" CD - "ABRE ESSAS PERNAS AO VIVO" O primeiro problema era decidir onde. Escolhemos o Teatro Mars em pleno coração do Bexiga, no centro de São Paulo. Alugamos o teatro e saí na correria da produção.   Encomendei com o Binho Ribeiro, grafiteiro e nosso amigo de longa data, o cenário do palco, que seria dividido em fundo e duas laterais. Essas coisas custam caro, mas o Binho fez num preço camarada. Depois a luta para arranjar uma unidade móvel de som e montar uma equipe para a gravação de vídeo num preço que cabia no meu orçamento. A unidade móvel foi a Altenose estúdios, um ônibus que também era estúdio e ficaria estacionado ao lado do teatro por dois dias. Era o equipamento do “Meinha” que eu ...

REVELLION 2001 – Que porra é um CD-ROM?

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Uma pergunta pertinente. Afinal que porra é um CD-Rom? É bem simples, o CD Rom é uma mídia interativa que não chaga a ser um DVD, porém que roda nos computadores que ainda têm um leitor da CD. No começo de 2001 nós resolvemos lançar essa ideia “genial”. Não lembro de outra banda ter feito um produto igual. Puder, a gente devia esta bem bêbados quando resolvemos fazer essa coisa estranhosa. Nosso quarto CD, na verdade é um CD-Rom. Tinha de tudo. Um catálogo de fotos, músicas cifradas dos três primeiros discos, todos nossos clips, um jogo de strip-tease onde uma garota tira a roupa de acordo com que você vai acertando as perguntas e uma surpresa final, tudo isso em uma animação feita sobre desenhos do Ale Araújo. Isso tudo com comentários engraçados ou sem sentido nenhum dos membros da banda. Juro, eu vi o CD-Rom antes de escrever, tinha esquecido o que era! Pra finalizar gravamos 9 músicas de carnaval, quase todas virariam clássicas no nosso show carnavalesco. Tinha, ent...

SR SUCESSO (1999) - O primeiro lançamento da nossa própria gravadora

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Em 1998 a gente entrou em estúdio pra começar a gravar um novo trabalho. Olhando para trás fico impressionado com a capacidade de produção que a gente tinha na época. Mal acabava um tour e já tinha outro disco pronto. Capa e personagens feita pelo Ale Montandon, logo da banda de André Dias. O grande lace desse disco foi a pré-produção inteira feita num sítio do pai do nosso baterista Lips, que ficava perto de Riacho Grande, interior de São Paulo. A gente passou um tempo compondo algumas coisas, arranjando outras e, principalmente, tocando juntos. Foi uma época boa. A gente tocava o dia todo e depois saia pra beber. Tinha um barco, numa represa perto do sítio que também era um bar. Apelidamos o lugar de Porky’s em homenagem ao filme de 1982. Quando chegamos com as músicas prontas pra dar uma passada em tudo no estúdio do Fabinho Haddad, no Tatuapé, descobrimos que não tínhamos mais baixista. O Edu Lucena simplesmente saiu da banda e só avisou anos mais tarde, mas essa é outr...

VOCÊS NÃO SABEM COMO É BOM AQUI DENTRO!! (1997) – Gravando "Abre Essas pernas" e outras sacanagens.

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Para falar desse disco eu preciso voltar um dia antes de entrarmos em estúdio, quando fizemos um show junto com Raimundos em Guarulhos em homenagem aos Mamonas que tinham acabado de sofrer o acidente fatal. Resumindo, o Paulão tomou todas e entrou muito louco, derrubou o amplificador dos Raimundos, não conseguiu fazer o show e ainda caiu de um palco alto duas vezes. A plateia adorou, mas a 89 FM que estava fazendo o evento não gostou nada daquilo. A gente já tinha criado o maior caso por conta da outra gravadora que deu calotes mil e com mais essa, nossa música “Só pra te comer” que estava na rádio foi cancelada. No outro dia tive que ir buscar o Paulão no apartamento dele. Não conseguia nem colocar a cueca de tão dolorido que estava. No dia anterior, movido a álcool, Paulão não sentiu os danos das quedas do palco, só que no outro dia ele estava cheio de hematomas. Com corpo tão dolorido que não dava pra se mexer. 1997 - Cavalo, Edu e Caio. No meio a Cláudia Lino e no outro lado...

FOI BOM PRA VOCÊ? (1995) – Uma breve história por trás do primeiro disco.

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Em 1994 a Banda das Velhas Virgens (sim, esse era o nome completo), era formada por Paulão de Carvalho, Alexandre Cavalo Dias, Lips Like Sugar e Caio Andrade. Ensaiamos um bocado na casa do Lips, onde montamos um estúdio improvisado, em Guarulhos, na grande São Paulo. Juntamos a grana pra pagar o estúdio e o produtor. O Caio não participou do rateio. Ele era o mais novo e ainda não tinha condições de nos ajudar. A ideia era ir abatendo esses valores de acordo com os shows. Isso aconteceu parcialmente, o Paulão ainda deve ter as contas do quanto a banda ficou devendo pra cada um. A escolha do produtor recaiu sobre um novato. Paulo Anhaia só tinha feito uma demo legal para o Party Up (que depois viria a se chamar Toy Shop). Ele era um cara interessante, confiável e com ótimo ouvido, apesar da pouca experiência. E o melhor de tudo, era o que a gente poderia pagar. Fechamos o pacote com ele e o estúdio 43 na Zona Norte e fomos gravar. A música que a gente fazia e ainda faz,...